terça-feira, 15 de novembro de 2011

Atividade 5.1 - O Computador vai substituir o Professor?


                                O  Professor e o Computador
         O novo milênio chega iniciando um período no qual ter poder significa ter domínio sobre as informações, e esse domínio será muito facilitado através das novas tecnologias. Nos dias atuais, a sociedade está constantemente sendo beneficiado pelos progressos da tecnologia, o que vem causando mudanças em muitos aspectos sociais e comportamentais de nossas vidas. Com todas essas mudanças, as escolas se viram pressionadas a adotar o computador, assim, na área da educação, a informática vem ganhando cada vez mais espaço nos ambientes de ensino/aprendizagem e facilitando a busca do conhecimento.A introdução do uso de computadores e da Internet no ensino, visando a melhoria da aprendizagem dos conteúdos curriculares gerais deve iniciar mudando a postura do professor e do aluno e fazendo com que o uso de laboratórios de informática se torne um hábito. Introduzir a informatização no ensino baseia-se em preparar professores para orientar o uso da tecnologia, para que possam ser construídos projetos pedagógicos onde a Internet esteja presente como uma ferramenta do ensino.Computadores e Internet não combinam com aulas tradicionais, nas quais o professor "despeja" informações e os alunos executam ordens. Aprender a manejar um computador é simples, porém abandonar o controle e repensar a estrutura das aulas não é tão fácil. Quando a escola adota uma tecnologia inovadora como a informática, é necessário alterar a pedagogia conservadora, para que os efeitos do ensino informatizado não se tornem limitados, pois uma utilização adequada da Internet como instrumento de ensino amplia as possibilidades dos professores e enriquece seu modo de ensinar.O relacionamento entre aluno e professor deverá mudar. É necessário que tanto o educador quanto o aprendiz tenham intimidade e simpatia pelo computador e pela Internet, assim eles podem acessá-la com facilidade, oferecendo a oportunidade para que a sociedade em geral perceba a necessidade e as vantagens do uso da Internet no ensino.Ao assumir o papel de tutor na Educação Informatizada, o docente se põe a disposição do aluno para auxiliá-lo na construção do próprio caminho. O professor não dará mais aulas, ele orientará a aprendizagem dos alunos, ajudará no esclarecimento de suas dúvidas, identificará dificuldades, irá sugerir novas leituras ou atividades, organizará novas formas de estudo.

sábado, 12 de novembro de 2011

Atividade 4.1 Refletindo Sobre Leitura e Escrita Digital

          A escola tem enfrentado muitos desafios em frente ao momento midiático, a escrita digital tem sido uma das maiores dificuldades diante a construção das habilidades de compreensão, principalmente quando o aluno usa o famoso copiar e colar, digo a transferência de um texto de um lugar para o outro,sem esforço nenhum de digitar de escrever ou até mesmo de ler o que está colando. Não que eu seja contra a produção digital é claro, pois o uso dessas ferramentas realmente muda totalmente o processo de produção de texto, dano para melhorar, mas vai depender da consciência tecnológica da escola e do educando, com certeza o professor vai dar grande contribuição nesse processo, se ele for conhecedor da tecnologia e fizer uso da mesma. Caso contrário, o resultado é esse desastre que esta acontecendo nesses períodos de transição, alunos com grandes dificuldades de leitura e mais ainda de escrita.
           Portanto a escola tem que repensar e reformular seus paradigmas diante dessa imensidão de conhecimento tecnológico oferecido na rotina do educando.
 E oferecer as ferramentas adequadas para cada tipo de texto que ele precisa nas mais diversas situações que enfrentará na vida, proporcionar  também momentos de expressão e livre, e ensiná-los a usar a norma culta.

          Dessa forma o aluno será consciente da necessidade de aplicar cada tipo de linguagem e escrita na hora certa sem ter que enfrentar tantas dificuldades na hora de produzir um texto.


                                                  

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

PROJETO PARA EDUCADORES INTERESSADOS EM COMUNICAÇÃO.



MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL PROINFO INTEGRADO CURSO DE INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO DIGITAL - 2ª TURMA

Professor Formador: Diran Araújo

PROJETO INTEGRADO DE APRENDIZAGEM
A EDUCAÇÃO NA ERA DIGITAL
Lógica X Emoção: Entendendo as Diferenças Entre Ler um Texto e Mergulhar em Uma Imagem.

AUTORA: Suely Brandão



Justificativa:   
  Ao apropriar-se do texto de Joan Ferrés sobre Educação Audiovisual, os participantes  começam a sistematizar as idéias despertadas pelo vídeo, quando observaram suas própria imagem. Torna-se mais claro o impacto que os meios audiovisuais têm sobre nós. É o inicio da discussão sobre a riqueza e os limites do uso da linguagem audiovisual como instrumento educativo.
Objetivos: 

Gerais
Confrontar a imagem que cada pessoa faz de si mesmo com a própria imagem mostrada no vídeo.
Compreender a diferença entre o conhecimento adquirido via textos e via imagens.

Específicos             
•   Perceber as diferenças e complementaridades entre a linguagem textual, que mobiliza o hemisfério esquerdo do cérebro (linearidade, lógica, análise, racionalidade) e a linguagem audiovisual, que mobiliza o hemisfério direito do cérebro (totalidade, criatividade, síntese, emoção).
•   Confrontar as idéias do texto com a sua prática na escola.
      Destacar e ouvir o outro com opiniões diferentes.
      Comparar  teoria  e prática.

Material: 
• Cópias do texto 1: Educação Audiovisual: um novo homem, um novo olhar, uma nova linguagem, (p. 28 a 31), extraído do livro Vídeo e Educação, de Joan Ferrés, editora artes Médicas.
• Blocão.
• Pincéis atômicos.
Filmadora maquina fotográfica digital ou celular que filme.
TV e DVD

Procedimentos:
 1. Descreva os objetivos e passos da atividade.
 2. Divida os participantes em grupos de cinco pessoas.
3. Convide-os a fazerem, primeiro, uma leitura individual do texto um, sublinhando as idéias mais interessantes sobre as diferenças entre ler um texto e assistir a televisão. Que desafio essas idéias colocam para sua prática na escola?
4. Depois, solicite que, nos pequenos grupos, cada um compartilhe as suas idéias e o desafio que identificaram com os demais, escolhendo uma idéia e um desafio para levar ao grande grupo.
5. Chame dois ou três voluntários para apresentar as idéias e desafios escolhidos.
6. Faça uma síntese das idéias e desafios apresentados, anotando as idéias principais no blocão. Vale a pena ressaltar que, para facilitar a aprendizagem dos alunos, é essencial que os educadores promovam atividades onde os dois hemisférios cerebrais sejam mobilizados, estimulando, assim o desenvolvimento das múltiplas inteligências dos alunos.
7. Preparar uma produção audiovisual (em grupo).

Cronograma:
Quatro horas aula

Avaliação:
Formular um debate para a reflexão do que aprenderam, ou seja, planejar aquilo que efetivamente puderem começar a incorporar à sua prática profissional. Além do que o participante será convidado a refletir, individualmente  os resultados que foram alcançados  e os aspectos que podem ser aperfeiçoado para as próximas oficinas.
Sortear um grupo para apresentar a sua produção audiovisual e se tiver tempo suficiente assistir a todas.

Bibliografia:
Botando a Mão na Mídia, manual, CECIP 2006 - Ministério da Educação.
 Ferrés Joan , Vídeo e Educação - editora artes Médicas 1996
BergerJonh, Os Modos de Ver -  editora Martins Fontes, 1972.






ANEXO

TEXTO
Educação audiovisual: um novo homem, um novo olhar, uma nova linguagem.

(...)
 Um novo homem

“Nas últimas décadas, têm adquirido especial relevância as pesquisas realizadas sobre a dinâmica cerebral, seja no que diz respeito ao processo celular de transmissão dos estímulos visuais até o córtex cerebral, seja no que diz respeito à especialização funcional integrada dos dois hemisférios cerebral. Em 1981 a Fundação Nobel destacou essas duas linhas de pesquisas premiando os neurofisiologistas Roger W. Sperry, David H. Hubei e Torsten N. Wiesel.
São especialmente interessantes as pesquisas sobre o papel que desempenham os dois hemisférios cerebrais na elaboração do pensamento humano e na configuração do comportamento. No hemisfério esquerdo,  que controla o lado direito do corpo, encontram-se as áreas específicas que regem determinadas funções, como a leitura, a escrita, o cálculo, a aritmética, a classificação, a lógica. Em geral comanda as funções relacionadas à linguagem e à abstração. É o hemisfério com maior sensibilidade ao visual, correspondendo-lhe o desenvolvimento linear, lógico e racional do pensamento, as operações de análise e síntese, a percepção dos esquemas significativos e a disposição ordenada das seqüencias. É o hemisfério intelectual, analítico, dominante, ativo.
Em oposição, no hemisfério direito do cérebro, que controla o lado esquerdo do corpo, encontram-se as áreas especificas que regem algumas funções como o reconhecimento imediato dos rostos, a distinção e o reconhecimento das formas, a distinção entre os sons, a reconstrução mental de conjuntos a partir das partes. Em geral comanda as funções espaciais não-verbais. É o hemisfério com maior sensibilidade para o acústico. Controla as dimensões artísticas, simbólicas, holísticas, espaciais e musicais. É o hemisfério da emoção, do intuitivo, do criativo, do sintético. É o hemisfério secundário, do repouso, do espiritual, do acolhimento.
Segundo Roger W. Sperry, os hemisférios cerebrais direito e esquerdo “não somente trabalham a informação de maneira diferente, mas entre aspecto subentende processos mentais qualitativamente distintos. O hemisfério direito prevalece em casa aproximação global, concreta e emocional da realidade, enquanto o esquerdo prepondera no pensamento analítico e na lógica formal”.
Na cultura ocidental, o hemisfério esquerdo foi pouco a pouco adquirindo supremacia a partir da civilização grega e do império greco-romano. Desempenharam um papel fundamental, primeiro, a adoção da escrita sírio fenícia e, mais tarde, a mensagem produzida pela galáxia Gutenberg. Para McLuhan estamos frente a uma encruzilhada histórica. Pela primeira vez em 2.400 anos volta a predominar o hemisfério direito, graças aos meios de comunicação de massa da era eletrônica.

 Uma nova maneira de conhecer.

Uma vez aceita a concepção de que as invenções técnicas são como extensões do corpo humano, prolongações de faculdades físicas ou psíquicas, deve-se concordar com McLuhan que “qualquer prolongação ou extensão, seja da pele, da mão ou do pé, afeta todo o conjunto psíquico e social”, exigindo novos equilíbrios entre os demais órgãos ou prolongamentos.
O próprio McLuhan indica que “os meios de comunicação, transformando o ambiente, fazem surgir em nós relações únicas de percepção sensorial. A extensão de um sentido qualquer transforma nossa maneira de pensar e de atuar, nossa maneira de perceber o mundo. Quando mudam tais relações, o homem se modifica”. Quer dizer, a aparição e o uso de novas tecnologias provocam alterações nas formas de pensamento e de expressão, nos processos e atitudes mentais, nas pautas de percepção, na proporção dos sentidos.
Quando se modificam os prolongamentos, modifica-se o homem. Da mesma maneira que com o surgimentos do automóvel “o norte - americano tendeu a se converter em um ser quatros rodas”, o meio da eletrônica vai moldando progressivamente, como por impregnação, outra forma de comportamento intelectual e afetivo.  À lógica dos princípios e á racionalidade antecede a lógica da intuição e a pragmática.
Ler um texto escrito e olhar uma fotografia são duas operações diferentes a partir do ponto de vista do processo mental, duas operações que põem em jogo diferentes áreas cerebrais. Para ler um livro necessário colocar-se sobre ele. A leitura se desenvolve no tempo. É uma operação analítica, duplamente abstrata: primeiro tem que se fazer análise gramatical e, após, a análise lógica. Curiosamente são as duas primeiras que se realizam na escola. O homem que lê é um dedutivo, racional, analítico, rigoroso, preciso.
Só se pode contemplar uma imagem, ao contrário, “submergindo-se” nela. É uma operação sintética, que, primeiramente, é realizada de forma global. A atual profusão de imagens e sons está dando lugar ao nascimento de um novo tipo de inteligência. O novo homem, com predomínio de hemisfério direito, compreende principalmente de maneira sensitiva, deixando que vibrem todos os seus sentidos. Conhecer por meios de sensações. Reage diante dos estímulos dos sentidos, não diante das argumentações da razão. O adulto criado na antiga cultura com predomínio do hemisfério esquerdo só compreende pela abstração. O jovem só compreende pela sensação.
O vendedor ambulante que antigamente percorria os povoados tentava convencer racionalmente a respeitos das qualidades de sua mercadoria. Hoje as grandes lojas apenas se preocupam em dar  a conhecer as qualidades objetivas dos produtos que vendem. Submergem o possível cliente em um clima eminentemente sensual, no qual o que conta, primeiro, são as sensações visuais (vitrines, expositores, luz e cor) e as sensações táteis (ar condicionado). De maneira semelhante opera a publicidade.

Há adolescentes que têm conectado o interruptor de seu quarto com o equipamento de som, de tal maneira que, quando acendem a luz, inicia imediatamente uma música. Trata-se de uma manifestação de uma nova sensibilidade, de uma nova percepção do espaço, uma percepção eminentemente sensitiva. A música faz parte desta percepção do espaço. O visual e o auditivo estão indissoluvelmente unidos à sua maneira de perceber a realidade e de estar presente nela. Aquele espaço não seria seu quarto sem um dos pôsteres e sem uma determinada estimulação sonora.
Igualmente significativo é o caso daqueles adolescentes e jovens que são incapazes de estudar sem música, inclusive rock. Há rapazes que têm feito brilhantemente a carreira empresarial (administradora) ou de Engenharia estudando sempre ao som de rock. “Sem o rock me dá um sono enorme”. É uma nova sensibilidade.
Tradicionalmente e em contraposição à cultura ocidental, a cultura oriental tem concedido uma importância superior ao hemisfério direito. É outra forma de aproximação da realidade. Em uma se privilegia a percepção analítica. Na outra, a percepção global.
Nesta encruzilhada de predomínio de hemisférios se encontra, hoje, a escola, a qual é racionalista e hierarquizada, porque os conceitos, as generalizações, os condicionamentos verbais e o mesmo raciocínio são hierárquicos por natureza.  “Existe uma estrutura para as idéias. Estão construídas umas sobre as outras, e é necessário poder compreender os níveis inferiores dos conceitos para poder passar aos níveis que  são mais complexos. Esta vem a ser a única razão pela qual a escola impõe condições prévias às aprendizagens”.
No entanto, a televisão, genuína representante de outra forma de pensamento e de expressão, “é estética e quase sagrada. Como sua maneira de informação primordial é a imagem, seu estilo de ensino é a narração. E deste modo ele mostra pessoas e situações concretas diante das quais se relaciona aceitando-as ou rejeitando-as de uma maneira emocional. A televisão fornece conhecimentos pelo que se vê e sente.
“Sua epistemologia começa e via de regra termina no plano estrutural”.

 Uma nova linguagem

Do que foi dito depreende-se que o audiovisual não é primordialmente uma questão de meios, mas de linguagem. Poder-se-ia dizer que é uma questão de hemisfério. Não se trata só de usar meios audiovisuais, mas de se expressar de forma audiovisual, de dar prioridade ao hemisfério que tem adquirido maior relevância na era da eletrônica.
Referindo-se à identidade da linguagem audiovisual, o diretor de cinema russo Sergei m Eisenstein dizia que o cinema opera da imagem à emoção e da emoção à idéia. Inspirando-se provavelmente em Eisenstein, o diretor da televisão francesa Clause Santelli afirmava que “a linguagem audiovisual  é aquela que comunica as idéias por meio das emoções”. Expressar-se audiovisualmente significaria, então, comunicar as intenções no mesmo instante em que as emoções são suscitadas.
A partir dessas definições, cabe afirmar que há educadores apaixonados pelos meios audiovisuais sem terem aprendido a expressar-se na linguagem audiovisual. Os meios tendem a potenciar e a veicular uma forma de expressão especifica. Porém, a linguagem não pode se reduzir aos meios.
“ O psicólogo americano de vendas Ripley passou um dia diante de um cego que, postado na entrada do metrô, pedia esmola.
- Quanto você recolhe por semana? Perguntou-lhe.
- De 6 a 12 dólares, respondeu-lhe o cego.
- Você não quer conseguir muito mais?
- Claro que sim! Disse-lhe o cego.
Ripley escreveu algo no cartaz que tinha implícita a palavra cega e se foi. Após uma semana o cego estava muito contente. A generosidade dos pedestres parecia haver triplicado. Ripley, que conhecia muito bem a psicologia humana, apenas escreveu: É primavera e eu não posso vê-la.
É um exemplo significativo de uma forma de expressão que comunica as idéias por meios das emoções. Na história de Ripley, é transmitido diretamente um conceito (cego), expresso pelas emoções. Também o hemisfério direito entra em jogo. É uma forma de expressão que mobiliza a sensibilidade, a intuição, as emoções. É assim que funciona a expressão audiovisual.
(...)




Dicas:
• O momento de leitura e reflexão individual sobre o texto é essencial para que cada um selecione as idéias que considera mais interessante, e possa identificar um desafio para sua prática, sem sofrer influência dos outros participantes do grupo. Com isso, a riqueza da diversidade é preservada. Durante o debate nos pequenos grupos, a influência recíproca vai ocorrer naturalmente, com troca de idéias, quando temos uma atitude de realmente ouvir os outros.
• Associar a leitura à reflexão sobre a prática é garantir o interesse dos participantes. Tem sido gratificantes ouvir os educadores – às vezes alunos do curso de formação de professores – elogiando a parte teórica do curso, especialmente quando se leva em conta a dificuldade generalizada, que existe, em apreciar a leitura e explorar conceitos e palavras desconhecidos.
• Muitos de nossos educadores correm de uma escola para outra sem tempo para nada mais. Nossa contribuição é conquistá-los para a importância de criar (até mesmo do impossível) um tempo para sua própria formação pessoal e profissional – e incentivar as lideranças das escolas a abrir espaços de aperfeiçoamento profissional para os professores, dentro do seu horário de trabalho.